quinta-feira, 21 de junho de 2012

Problema no cinema

Tenho um comentário a fazer sobre cinemas.

Algo que está realmente começando a me irritar.

Gostaria de iniciar minha pequena sessão de reclamação dizendo que cinemas no Brasil são absolutamente impecáveis. Raramente vou à uma sala de cinema "caindo aos pedaços", como dizemos, onde tem chiclete no chão e as luzes não funcionam direito e há substâncias grudentas não identificadas em tudo quanto é lugar e as cadeiras ficam fazendo aquele barulhinho chato quando alguém se move. (Sabe aquele "creck creck creck"? Quando você quer focar no filme mas percebe que o barulhinho está lá, boa sorte na tentativa de esquecê-lo...)

Enfim, os cinemas no Brasil, pelo menos os que eu tenho frequentado, estão livres desses problemas. Não posso dizer o mesmo sobre salas de cinema nos Estados Unidos. Além de serem asquerosas, velhas, e o lar de um império de ratos (isso não é exagero), eles continuam usando o sistema antiquado de vender ingressos que o Brasil já abandonou há anos.

"Como assim, 'lugar marcado?'" Meus amigos americanos me perguntam isso sempre que falo dos cinemas no Brasil. Lá, naquele país que diz ser extremamente evoluído, não existe lugar marcado em cinema nenhum. Essa mordomia que temos de comprar o ingresso, escolher o lugar, e depois chegar no filme super em cima da hora e ter as cadeirinhas lá te esperando sem estresse não existe nos EUA. O pessoal ainda tem que chegar uma hora antes do filme para garantir que não vão bater o nariz na tela.

Isso é uma coisa que um dia eles vão perceber que estão fazendo errado e vão mudar. Cinemas aqui no Brasil são... quase perfeitos.

E eu lhe digo por quê.

Os detalhes mencionados acima são meus elogios aos cinemas brasileiros, que só melhoraram nos últimos anos. Aqui vai minha única crítica:

Imagine-se no cinema. Está no escurinho, vendo aquele filme incrível que você está achando demais. Não quer perder nem um segundo do filme. Infelizmente, você comprou a Coca-Cola grande, e a mesma acaba de atravessar seu corpo. Começa a querer sair, e quanto mais você a impede de fazer isso (porque quer assistir "só mais essa cena"), mais ela buzina e faz um mini escândalo na sua bexiga. Quando já não aguenta mais, você sai correndo da sala do cinema para perder o mínimo possível do filme, entra no banheiro, e finalmente se alivia.

Hora de lavar as mãos. Ok, tudo certo. Hora de secar as mãos. Você se depara com um desses:




Será que eu vou com a mão molhada mesmo? Você pensa. Mas daí lembra que não quer secar a mão no jeans e também não quer ficar com a mão pingando quando voltar para a sala (pega meio mal, né?). Você suspira, e decide usar o secador mesmo, afinal, deve ser um daqueles mega-rápidos que fazem sua pele enrugar.

Daí sai aquela brisa. Aquele ventinho mequetrefe que não tira nem a umidade da mão. Você começa a pensar em tudo que pode estar acontecendo no filme enquanto você fica esperando suas mãos secarem debaixo daquele troço. Será que ele ficou com a menina? Será que teve uma cena super engraçada? SERÁ QUE ALGUM PERSONAGEM MORREU E EU AINDA ESTOU AQUI ESPERANDO MINHAS MÃOS SECAREM?

Óbvio que ninguém espera secar até o fim. Dá aquela raiva básica, e, bufando, você sai do banheiro com as mãos pingando e acaba secando no jeans do mesmo jeito.

Fim de história. Admito, o secadorzinho é muito mais ecológico e tudo mais. Deveria ser obrigatório em todos os lugares MENOS no cinema, pois eu tenho certeza que existe aquela pessoa sem vergonha que vai deixar de lavar as mãos só por causa disso, e depois encostar no corrimão, na parede do elevador, na mesa do restaurante, e assim vai...


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