quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Um pequeno intervalo

Foi como se nunca tivesse ido embora. Cheguei no prédio onde moro na minha faculdade, entrei no elevador, andei até meu quarto, coloquei o código na porta para entrar e... lá estava. Como se eu tivesse dado uma saída rápida de cinco minutos. Como se eu tivesse simplesmente ido para alguma aula qualquer e voltado. A única diferença é que dessa vez eu carregava uma mala grande e umas longas 15 horas de viagem e cansaço na cabeça.

Entrei no quarto e tudo (bem, quase tudo) estava exatamente como eu havia deixado. Algumas coisas estavam fora do lugar mas eu não ia reclamar, né... quando você se sujeita a morar em um lugar com mais oito pessoas é inevitável que amigos entrem no quarto e sentam na sua cama, mexem nas coisas, etc. Eu não me importo. Tinha passado uma semana incrível no Brasil com a minha família, e me senti pronta para enfrentar as provas que vem vindo no fim do semestre!

Mesmo que fiquei muito pouco tempo em São Paulo, me senti rejuvenescida. Até fiquei mais organizada com as minhas coisas, prestei atenção em uma aula que eu detesto (irônico que digo isso, pois nesse momento estou escrevendo este post de dentro de uma outra aula. Vamos dizer que eu não estou muito ciente do que está sendo ensinado), limpei o quarto inteirinho! É sempre bom voltar para casa.

Parece que moro em dois planetas diferentes, levo duas vidas completamente diferentes... lá no Brasil estava calor, o sol se punha as 8 e pouco da noite, eu tinha sossego e momentos de quietude. Aqui o barulho é constante, o céu fica completamente escuro às 4 da tarde (não é exagero!) e quando meu celular me diz que a temperatura lá fora é de 2 graus, eu comemoro por "não estar tãããão frio assim!"

Ontem jantei com a Vicky, minha amiga brasileira que mora em Boston também, e tiramos uma foto com nossas roupas de inverno. Imagine se um dia eu usaria uma roupa assim no Brasil! Demoro pelo menos uns dez minutos a mais para sair de casa de manhã, só colocando todas as camadas de roupas. Se bem que eu adoro minhas luvas sem dedo, e queria poder usá-las no Brasil sem parecer o Michael Jackson...